(DOE de 27/08/2012)
Dispõe sobre o Decreto nº 33.976, de 29 de outubro de 2003, e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, tendo em vista o que consta no Processo Administrativo nº E-11/157/2012,
DECRETA:
Art. 1º O Anexo do Decreto nº 33.976, de 29 de setembro de 2003, passa a vigorar com a seguinte redação:
“ANEXO AO DECRETO Nº 33.976/2003.
REGULAMENTO DO PROGRAMA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO PLÁSTICA – PLAST- RIO.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Artigo. 1º O Programa Estadual de Desenvolvimento da Indústria de Transformação Plástica – PLAST-RIO, autorizado pela Lei nº 4.169, de 29 de setembro de 2003, obedecerá ao disposto neste Regulamento.
Artigo. 2º São os seguintes os objetivos do PLAST-RIO:
I – dar competitividade e estabelecer isonomia em relação a outros Estados da federação para a indústria a ser instalada no Estado do Rio de Janeiro;
II – agregar valor na cadeia da indústria do petróleo;
III – fomentar a instalação de novos empreendimentos industriais, a expansão de empreendimentos industriais já instalados, e a modernização com a incorporação de novos métodos e processos de produção ou inovação tecnológica, no segmento de transformação plástica e da petroquímica, bem como no segmento de fabricação de peças, ferramentaria e moldes usados na transformação plástica e petroquímica;
IV – apoiar a preservação do meio ambiente nas atividades de reciclagem de plásticos, bem como a qualidade de vida das comunidades envolvidas no processo de transformação plástica;
V – interagir com organismos internos e externos dedicados a estudos na área de desenvolvimento industrial e tecnológico com vistas à instalação, expansão, modernização, consolidação e manutenção de empresas do setor de transformação petroquímica e plástica com parque industrial no Estado do Rio de Janeiro;
VI – promover medidas visando a instituição de instrumentos fiscais, financeiros e de qualificação para o fortalecimento das indústrias de transformação de produtos de base petroquímica e a diversificação industrial no Estado;
VII – estimular a geração de empregos diretos e indiretos.
Artigo. 3º O enquadramento no tratamento tributário especial estabelecido na Lei nº 4.169/2003, e regulamentado por este Decreto, fica sujeito à autorização prévia da Comissão Permanente de Políticas para o Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro – CPPDE, instituída pelo Decreto nº 34.784, de 05 de fevereiro de 2004.
Artigo. 4º Compete à CCPDE, sem prejuízo de outras atribuições:
I – apreciar e decidir sobre pedido de enquadramento ao PLAST-RIO;
II – desenquadrar o estabelecimento por descumprimento de qualquer exigência estabelecida neste Regulamento.
Artigo. 5º Para a apreciação de pedidos de enquadramento no PLASTRIO, a CPPDE contará com o suporte administrativo da Secretaria Executiva, e com o suporte técnico da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro – CODIN.
CAPÍTULO II
DOS INCENTIVOS VINCULADOS AO PROGRAMA
Artigo. 6º Para os benefícios previstos no Art. 7º deste Regulamento somente poderão ser enquadrados os estabelecimentos industriais inscritos nos seguintes códigos de atividade econômica (CNAE):
CNAE |
DESCRIÇÃO CNAE |
1359600 |
Fabricação de outros produtos têxteis não especificados anteriormente |
1352900 |
Fabricação de artefatos de tapeçaria |
1354500 |
Fabricação de tecidos especiais, inclusive artefatos |
1412601 |
Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida |
1414200 |
Fabricação de acessórios do vestuário, exceto para segurança e proteção |
1521100 |
Fabricação de artigos para viagem, bolsas e semelhantes de qualquer material |
1539400 |
Fabricação de calçados de materiais não especificados anteriormente |
5920100 |
Atividades de gravação de som e de edição de música |
2022300 |
Fabricação de intermediários para plastificantes, resinas e fibras |
2091600 |
Fabricação de adesivos e selantes |
2093200 |
Fabricação de aditivos de uso industrial |
2221800 |
Fabricação de laminados planos e tubulares de material plástico |
2222600 |
Fabricação de embalagens de material plástico |
2229301 |
Fabricação de artefatos de material plástico para uso pessoal e doméstico |
2229302 |
Fabricação de artefatos de material plástico para usos industriais |
2229303 |
Fabricação de artefatos de material plástico para uso na construção, exceto tubos e acessórios |
2229399 |
Fabricação de artefatos de material plástico para outros usos não especificados anteriormente |
2319200 |
Fabricação de artigos de vidro |
2541100 |
Fabricação de artigos de cutelaria |
2815102 |
Fabricação de equipamentos de transmissão para fins industriais, exceto rolamentos |
2829199 |
Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso geral não especificados anteriormente, peças e acessórios |
2869100 |
Fabricação de máquinas e equipamentos para uso industrial específico não especificados anteriormente, peças e acessórios |
2759799 |
Fabricação de outros aparelhos eletrodomésticos não especificados anteriormente, peças e acessórios |
3103900 |
Fabricação de móveis de outros materiais, exceto madeira e metal |
3104700 |
Fabricação de colchões |
3230200 |
Fabricação de artefatos para pesca e esporte |
3299099 |
Fabricação de produtos diversos não especificados anteriormente |
§ 1º Além dos CNAE’s listados acima, outros poderão ser complementados por proposição da CPPDE.
§ 2º A permissão para o enquadramento de que trata o caput deste artigo fica estendida aos estabelecimentos industriais que produzam as seguintes mercadorias de plástico: carrinhos para transporte de criança classificados na NCM 8715.00.00; assentos infantis para veículos classificados na NCM 9401.79.00; triciclos, quadriciclos e carros a pedais classificados na NCM 9503.00.10; quadrículos a bateria e carros elétricos classificados na NCM 9503.00.97; outros brinquedos em forma não humana classificados na NCM 9503.00.39.
Artigo. 7º As empresas interessadas em se instalar ou ampliar seus estabelecimentos industriais e que possam ser enquadradas no PLAST-RIO, nos termos do Art. 6º, poderão pleitear, conforme o caso, os seguintes benefícios:
I – diferimento do ICMS:
a) incidente sobre as importações de equipamentos, ferramentas, peças, partes, moldes e acessórios, realizadas através de portos ou aeroportos localizados no Estado do Rio de Janeiro, para o momento da saída e utilização desses bens pelo estabelecimento enquadrado no PLAST-RIO;
b) relativo ao diferencial de alíquotas devido sobre aquisição dos equipamentos, ferramentas, peças, partes, moldes e acessórios, provenientes de outros Estados, destinados à instalação das indústrias, para o momento da saída e utilização desses bens pelo estabelecimento enquadrado no PLAST-RIO;
c) incidente sobre as saídas realizadas por estabelecimentos localizados no Estado do Rio de Janeiro de equipamentos, ferramentas, peças, partes, moldes e acessórios destinados aos parques industriais do estabelecimento enquadrado no PLAST-RIO, para o momento da saída e utilização desses;
d) incidente na aquisição interna de matéria-prima e outros insumos destinados ao processo industrial do adquirente de que trata o artigo 6º deste Decreto, exceto energia, combustíveis e água;
e) incidente na importação de matéria-prima e outros insumos destinados ao processo industrial do adquirente.
I – crédito presumido nas operações de saídas de produtos transformados, produzidos por empresa industrial localizada e inscrita no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado do Rio de Janeiro, desde que derivados de produtos químicos e petroquímicos básicos e intermediários, produzidos por empresa localizada em Território Nacional, conforme estabelecido no Art. 8º deste regulamento e ou para reciclagem de termoplásticos;
II – dilatação do prazo de pagamento do saldo devedor do ICMS em 12 (meses).
§ 1º O pagamento do ICMS diferido nos termos do Inciso I deste artigo deverá ser efetuado mediante DARJ específico no momento da saída dos referidos bens do estabelecimento enquadrado no PLASTRIO, na qualidade de contribuinte substituto.
§ 2º Somente poderá ser enquadrado no benefício previsto no Inciso III, do Art. 7º deste Regulamento, a empresa cujo projeto seja de instalação de novo empreendimento industrial e de relevância para a matriz industrial do Estado ou novo empreendimento industrial de reciclagem de plásticos.
§ 3º Tratando-se de modernização ou ampliação, poderão ser enquadradas no benefício previsto nos incisos I e II deste artigo, as empresas cujos projetos demonstrem agregação de valor em termos tecnológicos ou aumento na quantidade de produção que represente capacidade adicional superior a 35% (trinta e cinco por cento) da atual capacidade de produção, ressalvado o enquadramento no benefício àquelas empresas que apresentarem percentual inferior, caso demonstre que a negativa poderá torná-las não competitivas diante de outras empresas enquadradas no PLAST-RIO.
§ 4º Os benefícios previstos nos incisos II e III deste artigo não poderão ser concedidos aos estabelecimentos industriais inscritos no CNAE sob o seguinte código de atividade econômica:
CNAE |
2869100 |
Fabricação de máquinas e equipamentos para uso industrial específico, não especificados anteriormente, peças e acessórios |
Artigo. 8º Os estabelecimentos enquadrados no PLAST-RIO, em relação aos quais houve concessão do benefício de crédito presumido, terão o direito de optar por um tratamento tributário especial de apuração do ICMS relativo às operações de saídas das mercadorias que atendam às condições estabelecidas neste artigo.
Parágrafo Único O crédito presumido previsto neste artigo será de:
I – 66,67% (sessenta e seis inteiros e sessenta e sete centésimos por cento) nas operações internas;
II – 50% (cinquenta por cento) do imposto destacado nas operações interestaduais, em relação às quais a alíquota aplicável seja de 12%;
III – 14,28% (quatorze inteiros e vinte e oito centésimos por cento) do imposto destacado nas operações interestaduais, em relação às quais a alíquota aplicável seja de 7% (sete por cento).
Artigo. 9º O crédito presumido de que trata o artigo anterior estará condicionado ao atendimento dos seguintes requisitos:
I – que as mercadorias fabricadas pelo estabelecimento enquadrado no PLAST-RIO usem como matéria-prima produtos químicos e petroquímicos produzidos por empresas industriais localizadas e inscritas no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado do Rio de Janeiro CAD-ICMS, classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, aprovada pelo Decreto federal nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nas seguintes posições:
PRODUTO |
NCM |
Polietileno de Densidade inferior a 0,94 |
3901.10 |
Polietileno de Densidade igual ou superior a 0,94 |
3901.20 |
Polipropileno |
3902.10 |
Copolímeros de polipropileno |
3902.30 |
Diisocianato de difenilmetano |
2929.10.10 |
Diisocianato de tolueno |
2929.10.29 |
Mistura de Isomeros de Diisocianato de Tolueno |
2929.10.21 |
QQ.OUT.DIISOCIANATO DE TOLUENO |
2929.10.0299 |
Copolímero de estireno-acrilonitrila, em forma primária |
3903.20.00 |
Copolímero de acrilonitrila-butadieno-estireno |
3903.30 |
Copolímero de acrilonitrila-butadieno-estireno, c/carga |
3903.30.10 |
Copolímero de metacrilato de metil-butadieno-estireno |
3903.90.10 |
Outs.Policloretosdevinila,n/misturados c/out.subst. |
3904.10 |
QQ.Out.derivado Quim. da Borracha natural,forma primária |
3913.90. |
Látex de Estireno-Butadieno (SBR) |
4002.11.10 |
Borracha de Estireno-Butadieno (SBR) em chapas, folhas ou Tiras |
4002.19.11 |
Borracha de Estireno-Butadieno (SBR/GRAU ALIMENTOS) |
4002.19.12 |
Borracha de Estireno-Butadieno (SBR) em Outras Formas |
4002.19.19 |
Borracha de Butadieno (BR) |
4002.20.90 |
Poliuretanos |
3909.50 |
Poliestireno |
3903.10 |
§ 1º A opção pelo regime especial de crédito presumido de que trata este artigo implica no estorno dos créditos relativos à aquisição de matérias-primas usadas na fabricação das mercadorias alcançadas pelo disposto neste artigo.
§ 2º As matérias-primas das indústrias, para fim de atividade de reciclagem, poderão ser de qualquer material plástico usado.
I – que as matérias-primas referidas no inciso I do caput correspondam a no mínimo 75% (setenta e cinco por cento) do total das matérias-primas aplicadas na fabricação da mercadoria;
II – na hipótese do estabelecimento enquadrado no PLAST-RIO usar como matéria-prima produtos químicos e petroquímicos cuja produção no Estado do Rio de Janeiro tenha sido interrompida, não se aplica a exigência de conteúdo fluminense disposta nos incisos I deste artigo, exclusivamente durante o período em que ficar comprovada a impossibilidade de utilização da mercadoria produzida no território deste estado.
Artigo. 10 Os estabelecimentos enquadrados e que receberem o benefício da dilatação do prazo de pagamento do saldo devedor do ICMS, de que trata o inciso III do artigo 7º, poderão dilatar por 12 (doze) meses, a contar da data do respectivo vencimento, nos termos da legislação vigente, o pagamento das seguintes parcelas de saldo devedor do ICMS:
I – 100% do saldo devedor relativo a cada período de apuração completado no período de 12 (doze) meses a contar da emissão da primeira nota fiscal após o enquadramento do estabelecimento;
II – 75% do saldo devedor relativo a cada período de apuração completado no período de 12 (doze) meses iniciado no dia seguinte ao término do período referido no inciso anterior;
III – 50% do saldo devedor relativo a cada período de apuração completado no período de 12 (doze) meses iniciado no dia seguinte ao término do período referido no inciso anterior; e
IV – 25% do saldo devedor relativo a cada período de apuração completado no período de 12 (doze) meses iniciado no dia seguinte ao término do período referido no inciso anterior.
§ 1º O estabelecimento enquadrado no PLAST-RIO informará mensalmente à Secretaria de Estado de Fazenda o valor de cada parcela mensal cujo prazo de pagamento tenha sido dilatado, valendo a informação como confissão do débito, conforme resolução a ser editada.
§ 2º A informação a que se refere o presente artigo constará de documento específico cujo modelo será estabelecido em ato da Secretaria de Estado de Fazenda.
Artigo. 11 Os benefícios fiscais previstos neste capítulo, bem como outros que possam vir a ser criados, somente serão deferidos às empresas enquadradas no PLAST-RIO que realizarem a atividade de transformação plástica em Municípios do Estado do Rio de Janeiro, sendo vedada a transferência da matéria prima a ser transformada para outro Estado da federação, sob pena de cancelamento do benefício.
CAPÍTULO III
DA REDUÇÃO DE ALÍQUOTA
Artigo. 12 Fica reduzida para 12% a alíquota do ICMS aplicável nas operações internas relativas aos produtos petroquímicos classificados nas posições da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, aprovada pelo Decreto federal nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, abaixo indicada, quando destinados à industrialização em estabelecimento no Estado do Rio de Janeiro:
PRODUTO |
NCM |
Etano e Propano |
2901.10.90 |
Propeno grau polímero |
2901.22.00 |
Etileno |
2901.21.00 |
Polietileno de Densidade inferior a 0,94 |
3901.10 |
Polietileno de Densidade igual ou superior a 0,94 |
3901.20 |
Polipropileno |
3902.10 |
Copolímeros de polipropileno |
3902.30 |
CAPÍTULO IV
DO ENQUADRAMENTO NO PROGRAMA
Artigo. 13 O estabelecimento transformador ou de reciclagem que pretenda se enquadrar no PLAST-RIO deverá apresentar Carta Consulta à Secretaria Executiva da CPPDE com as informações básicas sobre a sua atividade, de acordo com modelo por ela estabelecido.
Artigo. 14 A CPPDE deverá deliberar sobre o enquadramento da empresa pleiteante em até 90 (noventa) dias, contados a partir da data de recebimento do processo pela Secretaria Executiva.
Artigo. 15 O enquadramento da empresa no PLAST-RIO não invalida a utilização dos benefícios financeiros do RIOPLAST, instituído pelo Decreto nº 24.584, de 14 de agosto de 1998, observado o seguinte:
§ 1º A utilização dos benefícios de que cuida este artigo não poderá ser cumulativa com o beneficio de crédito presumido de que trata o artigo 7º deste Regulamento.
§ 2º A empresa beneficiária do RIOPLAST poderá optar pela renúncia deste para obtenção do direito ao PLAST RIO e vice-versa, vedada a mudança da opção dentro do mesmo exercício fiscal.
Artigo. 16 Os benefícios previstos no do artigo 7º deste Regulamento não poderão ser utilizados concomitantemente com os benefícios concedidos pelo Decreto nº 36.451/2004.
SEÇÃO I
DAS DEMAIS OBRIGAÇÕES
Artigo. 17 Em se tratando de novo estabelecimento, a manutenção dos benefícios do PLAST-RIO está condicionada à comprovação contábil e fiscal da integral realização do investimento projetado.
Artigo. 18 A empresa beneficiada com incentivos do PLAST-RIO obriga-se a encaminhar anualmente à Secretaria Executiva da CPPDE o balanço geral e, até 31 de julho de cada ano, a previsão do recolhimento do ICMS para o ano seguinte.
Artigo. 19 A empresa enquadrada que atrasar ou deixar de recolher o ICMS ao Tesouro do Estado por 03 (três) meses consecutivos, ou 06 (seis) meses alternados, terá automaticamente suspenso o incentivo.
Parágrafo Único A empresa voltará a gozar do benefício após a regularização total das obrigações vencidas, não tendo direito, entretanto, ao benefício relativo àquelas parcelas correspondentes aos meses em que realizou o pagamento com atraso.
Artigo. 20 A empresa enquadrada no PLAST-RIO terá o benefício cancelado nas seguintes circunstâncias:
I – quando reincidir na falta prevista no artigo anterior;
II – quando incidir em má fé na prestação de informações sobre o projeto ou sobre a empresa;
III – quando não cumprir quaisquer das obrigações impostas pelo programa.
§ 1º O cancelamento a que se refere este artigo dar-se-á por deliberação da CPPDE, com fundamento em parecer da CODIN.
§ 2º A empresa que tiver o incentivo cancelado obrigar-se-á a ressarcir ao Estado todo o valor do imposto cujo prazo tenha sido dilatado, acrescido dos encargos financeiros praticados pelo sistema bancário, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da publicação da Resolução.
§ 3º A empresa ou grupo econômico que tiver o incentivo do Programa cancelado não fará jus a nos enquadramentos no mesmo Programa.
SEÇÃO II
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo. 21 Qualquer alteração no projeto que implique modificação nos critérios de enquadramento previstos neste Regulamento, deverá ser comunicada previamente pela empresa enquadrada à CPPDE, para reavaliação.
Artigo. 22 Os incentivos previstos neste Decreto não se aplicam a operações de transferência de mercadorias para estabelecimentos situados em outra unidade da Federação.
Artigo. 23 Os casos omissos no presente Regulamento serão resolvidos pela CPPDE.
Artigo. 24 As empresas fabricantes de produtos petroquímicos básicos, intermediários e resinas termoplásticas, interessadas em se instalar ou ampliar projetos industriais, poderão pleitear o seguinte benefício:
I – deferimento do ICMS:
a) incidente sobre as importações de equipamentos, ferramentas, peças, partes, moldes e acessórios, realizadas através de portos ou aeroportos localizados no Estado do Rio de Janeiro, para o momento do início das operações;
b) relativo ao diferencial de alíquotas devido sobre aquisição dos equipamentos, ferramentas, peças, partes, moldes e acessórios, provenientes de outros Estados, destinados à instalação ou ampliação das indústrias, para o momento do início das operações;
c) incidente sobre as saídas realizadas por estabelecimento localizados no Estado do Rio de Janeiro de equipamentos, ferramentas, peças, partes, moldes e acessórios destinados aos estabelecimentos interessados em se instalar ou ampliar para o momento do início das operações.
§ 1º O recolhimento do ICMS diferido ocorrerá no 1º (primeiro) mês subsequente ao do início das operações mercantis, na proporção de 1/48 (um quarenta e oito avos) mensais do montante devido.
§ 2º O recolhimento deverá ser realizado pelas empresas adquirentes dos ativos, na qualidade de responsáveis tributários, em separado, sem prejuízo das demais operações, onde o contribuinte deverá obrigatoriamente emitir DARJ específico.”
Art. 2º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2012
SÉRGIO CABRAL