Sete pessoas foram presas, acusadas de fraudar pensões por morte na Agência da Previdência Social de Juazeiro (BA). Além das prisões temporárias, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nos municípios baianos de Juazeiro e Sento Sé, e Petrolina/PE.
O trabalho de apuração, iniciado há mais de dois anos pela Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos (APEGR) da Previdência, constatou que foram criados diversos benefícios fraudulentos através de inserção de dados falsos nos sistemas do INSS. Pessoas inexistentes (sem cadastro na Receita Federal ou qualquer outro registro) eram cadastradas como beneficiários de pensões por morte (informando-se o falecimento de pessoas também inexistentes) que geravam altos valores de pagamentos retroativos.
Em seguida, os “representantes legais” dos beneficiários compareciam às agências bancárias para receber os valores dos benefícios. Os saques fraudulentos apurados até o momento geraram um prejuízo de R$ 700 mil, podendo chegar a R$ 7 milhões com a continuação das investigações em outros benefícios.
Os envolvidos nas fraudes responderão pela prática dos crimes de estelionato qualificado, associação criminosa e inserção de dados falsos nos sistemas de informação da Administração Pública, cujas penas variam de um a 12 anos de prisão.