(DOE de 31/12/2012
Introduz modificações na Lei n° 8.820, de 27 de janeiro de 1989, que institui o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
FAÇO SABER, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:
Art. 1º – Ficam introduzidas as seguintes modificações na Lei n° 8.820, de 27 de janeiro de 1989, que institui o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação e dá outras providências, com fundamento na Resolução n° 13, de 25 de abril de 2012, do Senado Federal:
I – no art. 12, ficam acrescentados a alínea “c” ao inciso I e os §§ 15 e 16, com a seguinte redação:
“Art. 12. ………………..
I – …………………………
……………………………..
c) 4% (quatro por cento), nas operações com bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro:
1 – não tenham sido submetidos a processo de industrialização;
2 – ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento);
……………………………….
§ 15 – O Conteúdo de Importação, a que se refere o item 2 da alínea “c” do inciso I deste artigo, é o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria ou bem, devendo ser observadas as normas baixadas pelo Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ – relativas à definição dos critérios e procedimentos do processo de Certificação de Conteúdo de Importação – CCI.
§ 16 – A alíquota prevista na alínea “c” do inciso I deste artigo não se aplica:
I – aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional, a serem definidos em lista a ser editada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior – CAMEX;
II – aos bens produzidos em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei Federal n° 288, de 28 de fevereiro de 1967, e as Leis Federais n°s 8.248, de 23 de outubro de 1991, 8.387, de 30 de dezembro de 1991, 10.176, de 11 de janeiro de 2001, e 11.484, de 31 de maio de 2007;
III – às operações que destinem gás natural importado do exterior a outras unidades da Federação.”.
Art. 2º – Ficam introduzidas, ainda, as seguintes modificações na Lei n° 8.820, de 27 de janeiro de 1989:
I – no art. 10, é dada nova redação ao § 17 e fica acrescentado o § 17-A, conforme segue:
“Art. 10. ……………….
……………………………..
§ 17 – A redução de base de cálculo prevista no § 16 somente se aplica às saídas promovidas pelos estabelecimentos não beneficiados com o crédito fiscal de que trata o art. 15, §17.
§ 17-A – O disposto no § 16, alínea “a”, não se aplica às operações promovidas por estabelecimento atacadista ou varejista, hipótese em que a base de cálculo será determinada de forma que a carga tributária na operação de saída seja equivalente a 12% (doze por cento);
………………………………”;
II – na alínea “d” do inciso II do art. 12, é dada nova redação ao item 11 e fica acrescentado o item 33, conforme segue:
“Art. 12. ………………
II – ……………………….
…………………………….
d) …………………………
…………………………….
11 – refeições prontas para consumo, servidas ou fornecidas por estabelecimentos comerciais e cozinhas industriais, desde que não necessitem sofrer processo adicional como descongelamento ou recozimento;
…………………………….
33 – “waffles” e “wafers”, classificados no código 1905.32.00 da NBM/SHNCM;
……………………………”;
III – o § 10 do art. 17 passa a ter nova redação, conforme segue:
“Art. 17. ……………..
……………………………
§ 10. Não se estornam créditos fiscais relativos às entradas de mercadorias e às correspondentes prestações de serviço, destinadas à comercialização ou à industrialização, cuja operação subsequente seja beneficiada com a redução de base de cálculo para produtos de informática e automação prevista no art. 10, §§ 16 e 25.
…………………………..”;
IV – no art. 24, é dada nova redação aos §§ 8° e 9°, conforme segue:
“Art. 24. ……………..
……………………………
§ 8° O imposto será pago antecipadamente, total ou parcialmente, no momento da entrada no território deste Estado, nos recebimentos de mercadorias de outra unidade da Federação.
§ 9° Relativamente ao imposto devido conforme o disposto no § 8° deste artigo, o Poder Executivo poderá, nas condições previstas em regulamento:
I – rever exceções por mercadoria, serviço, operação, prestação, atividade econômica ou categoria de contribuintes;
II – autorizar que o pagamento seja efetuado em prazo posterior.”;
V – no art. 33, é dada nova redação aos §§ 5° e 12, conforme segue:
“Art. 33. ……………..
……………………………
§ 5° Ocorrerá nova substituição tributária nas saídas, promovidas por estabelecimento deste Estado, de mercadorias a que se referem os incisos I a III deste artigo, já tributadas pelo regime de substituição tributária, hipótese em que o estabelecimento remetente será o responsável pelo pagamento do imposto devido nas operações internas subsequentes, conforme disposto em regulamento.
………………………
§ 12. O Poder Executivo poderá definir que o imposto de que trata o inciso I, alíneas “b” a “d”, deste artigo, seja devido no momento da entrada das mercadorias no território deste Estado ou na entrada no estabelecimento.
…………………………”;
VI – no art. 34, é dada nova redação ao inciso I, permanecendo inalteradas suas alíneas, conforme segue:
“Art. 34. …………….
I – nas saídas das mercadorias relacionadas em regulamento, exceto nas hipóteses previstas nos incisos III a VI deste artigo, pela aplicação da alíquota interna respectiva sobre a base de cálculo a seguir indicada, deduzindo-se, do valor resultante, o débito fiscal próprio:
…………………………………”;
VII – na Seção I do Apêndice II:
a) no item XLV, é dada nova redação à discriminação, conforme segue:
“APÊNDICE II
MERCADORIAS, OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES SUJEITAS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
Seção I
Do Diferimento Previsto no Art. 31
ITENS |
DISCRIMINAÇÃO |
……….. XLV |
…………………………. Saída de polietileno, polipropileno, etileno, propeno, polímeros de polipropileno em formas primárias sem carga, composto de função carboxiamida, copolímero hidrogenado/copilímero randônico, copolímero de polipropileno, polímero de polipropileno com carga, caolim tratado quimicamente, resina de hidrocarbonetos, cera artificial, hidrosilicato de alumínio e polietilenos em formas primárias, classificados nos códigos da NBM/SH-NCM 3901.10.92, 3902.10.20, 2901.21.00, 2901.22.00, 3902.10.20, 2924.10.29, 3902.90.00, 3902.30.00, 3902.10.10, 2507.00.10, 3911.10.20, 2712.90.00, 2507.00.10, 3901.10.10 e 3901.20.29, desde que: ………………………….” |
b) fica acrescentado o item LXXXVIII com a seguinte redação:
“APÊNDICE II
MERCADORIAS, OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES SUJEITAS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
Seção I
Do Diferimento Previsto no Art. 31
ITENS |
DISCRIMINAÇÃO |
……….. LXXXVIII |
…………………………. Saída dos produtos acabados de informática e automação relacionados em regulamento, desde que os estabelecimentos remetente e destinatário sejam fabricantes dessas mercadorias.” |
Art. 3º – Ficam revogados o inciso II do art. 34, os §§ 2° e 3° do art. 42 e a alínea “c” do item XLV da Seção I do Apêndice II da Lei n° 8.820, de 27 de janeiro de 1989.
Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1° de janeiro de 2013.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 28 de dezembro de 2012.
TARSO GENRO,
Governador do Estado
Registre-se e publique-se
CARLOS PESTANA NETO,
Secretário Chefe da Casa Civil.