Embora o presidente Lula tenha comunicado que irá brigar para reajustar a tabela do Imposto de Renda, enquanto isso não acontece, os brasileiros que ganham em média um salário mínimo e meio são as novas vítimas do leão.
Os brasileiros de baixa renda estão na mira do imposto devido a defasagem na tabela do Imposto de Renda, assim como os avanços da inflação que acumulam grandes altas nos últimos anos.
Atualmente quem ganha um salário mínimo e meio, ou seja R$ 1.953 com base no piso nacional de 2023 (R$ 1.302), já está obrigado a prestar contas com o leão, tendo em vista que estão isentos somente aqueles que ganham até R$ 1.903,88.
Para se ter uma ideia, a última correção da tabela ocorreu em 2015 quando o salário mínimo era de R$ 788, ou seja, estavam isentos os brasileiros que ganhavam em média 2,5 salários. Agora, quem ganha cerca de 1,46 salários já é alvo da obrigação.
Promessa de campanha
Durante o período eleitoral o presidente Lula havia indicado que corrigiria a tabela do Imposto de Renda garantindo a isenção para todos os brasileiros que ganham até R$ 5 mil por mês.
Contudo, após a eleição fora visto que para garantir a isenção conforme promessa de Lula, seria necessário viabilizar uma Reforma Tributária, onde, não será tão simples aplicar uma correção como esta, afinal, aumentar a isenção significa em uma renúncia fiscal.
Dessa forma, o presidente Lula voltou a afirmar nesta quarta-feira (18) que irá brigar com economistas do seu governo para trazer uma “mudança de lógica” e garantir a isenção para quem ganha até R$ 5.000.
“Meus companheiros sabem que tenho briga com economistas do PT. Vocês sabem que o pessoal fala assim ‘Lula, se a gente fizer isenção até R$ 5.000, são 60% de arrecadação do país, de pessoas que ganham até R$ 6.000’. Ora, então vamos mudar a lógica. Diminuir para o pobre e aumentar para o rico”, afirmou o presidente.
Lula também voltou a falar que será preciso colocar o pobre no Orçamento e o rico no Imposto de Renda, alegando a mesma informação dada na última semana de que pessoas ricas precisam pagar mais impostos.
Fonte: Jornal Contábil