Empresários envolvidos em um esquema de sonegação fiscal foram denunciados hoje, dia 1º, pelo Ministério Público estadual à Justiça. Eles foram denunciados por crimes cometidos contra a ordem tributária e por associação criminosa. Segundo os promotores de Justiça Luís Alberto Vasconcelos, Renata Bandeira e Vanezza Rossi a quadrilha sonegou mais de R$ 6 milhões do fisco estadual, montante corresponde a débitos de ICMS inscritos em dívida pública. O esquema fraudulento envolve um grupo de oito empresas, dentre elas o Shop Cheese, a Queijos Finos e o Empório Federicci, que comercializa queijos e vinhos importados.
As ações da organização criminosa foram desvendadas por meio das investigações que deram origem à “Operação Grana Padano”, deflagrada em maio de 2015, nas cidades de Salvador, Lauro de Freitas e Belmonte, na Bahia, e em Atibaia e na capital paulista, em São Paulo. Uma força-tarefa formada pelo MPBA, Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e Polícia Civil desarticulou o grupo de empresas fraudulentas e desvendou a estrutura e o funcionamento da organização. Segundo os promotores de Justiça do Grupo de Atuação de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes contra a Ordem Tributária (Gaesf), a quadrilha utilizava “laranjas” para sonegar e camuflar patrimônio pessoal. Os membros do MPBA denunciaram à Justiça Henrique Castelo Branco Federicci, Sílvio Castelo Branco Federicci, Sérgio Federicci, Márcia Federicci, Jamile Federicci, Marcos Antônio Rosa Oliveira, Alice Soares de Jesus e José Gomes Neto. Alice aparece como responsável por uma editora gráfica e Marcos Antônio como um dos contadores da empresa MG Contabilidade, que tem como proprietário José Neto. O objetivo deles era fornecer notas fiscais falsas ao grupo.
O esquema funcionava desde 2007 e era investigado pela força-tarefa desde 2011. O dinâmica de funcionamento da organização criminosa ficou comprovada após a realização de buscas e apreensões, prisões, quebras de sigilo bancário e fiscal, além de bloqueio de valores em contas bancárias e imóveis das pessoas físicas e empresas investigadas, que perduram até os dias atuais.
Fonte: SEFAZ do Estado da Bahia