País encerra primeiro quadrimestre com saldo positivo de 336.855 empregos formais
O saldo de empregos ficou positivo pelo quarto mês consecutivo no país. O mês de abril fechou com 115.898 postos de trabalho a mais do que em março, que já há havia apresentado números positivos. O resultado é decorrente de 1.305.225 admissões e 1.189.327 desligamentos. Com isso, 2018 chega ao final do primeiro quadrimestre com saldo de 336.855 empregos criados.
O quadro também é otimista se avaliados os últimos 12 meses. Entre maio de 2017 e abril de 2018 houve um crescimento de 283.118 postos de trabalho, um aumento de +0,75%. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apresentados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (18).
Outro dado apresentado pelo Caged que reforça o quadro de otimismo para o emprego foi o fato de que os oito setores econômicos apresentaram crescimento. Ou seja, todas as áreas tiveram expansão.
Setores
O melhor desempenho foi do setor de Serviços, que abriu 64.237 vagas, 0,38% a mais do que em março. Os principais responsáveis por esse resultado foram o comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos (+16.461 postos); transportes e comunicações (+14.837) e serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (+11.495).
A segunda melhor performance de abril ficou por conta da Indústria de Transformação, que abriu 24.108 postos, puxada pela indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria (+8.763 postos) e a indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (+7.820 postos). Em seguida, vieram a Construção Civil (+14.394), Comércio (+9.287), Agropecuária (+1.591), Administração Pública (+980), Extrativa Mineral (+720), Serviços Industriais de Utilidade Pública (+581).
Desempenho regional
As cinco regiões do país apresentaram saldo de emprego positivo, começando pelo Sudeste, que fechou o mês de abril com 78.074 vagas de trabalho a mais do que em março. No Centro-Oeste, o crescimento foi de 15.769 postos, no Sul, de 13.298, no Nordeste, 4.447 postos e no Norte, 4.310.
Das 27 unidades federativas, 22 tiveram saldo positivo. Os maiores saldos de emprego ocorreram em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O saldo foi negativo apenas em Alagoas, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Amazonas e Rio Grande do Norte.
Salário
O salário de admissão dos trabalhadores também subiu. O valor ficou em R$ 1.532,73 em abril, +1,22% a mais do que em março. Houve aumento real de R$ 18,47. O salário de desligamento também subiu. Passou para R$ 1.688,34, R$ 24,92 a mais do que no mês anterior, que representou um crescimento de +1,50%.
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA
A distribuição do emprego entre as modalidades criadas a partir da Modernização Trabalhista (Lei nº 13.467/2017) ficou assim:
Desligamento mediante acordo entre empregador e empregado
Em abril de 2018, houve 12.256 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 9.456 estabelecimentos, em um universo de 9.044 empresas. Um total de 14 empregados realizou mais de um desligamento. São Paulo registrou a maior quantidade de desligamentos (3.636), seguido por Paraná (1.333), Minas Gerais (1150), Rio de Janeiro (1078), Santa Catarina (966) e Rio Grande do Sul (949).
Os desligamentos por acordo distribuíram-se por Serviços (5691), Comércio (3.066), Indústria de Transformação (2.160), Construção Civil (737), Agropecuária (479), Serviços Industriais de Utilidade Pública (73), Extrativa Mineral (29) e Administração Pública (21).
As dez principais ocupações envolvidas foram vendedor de comércio varejista (730), auxiliar de escritório em geral (478), assistente administrativo (405), faxineiro (404), alimentador de linha de produção (363), operador de caixa (330), motorista de caminhão – rotas regionais e internacionais (283), vigilante (270), porteiro de edifícios (267) e cozinheiro geral (202).
Trabalho Intermitente
Na modalidade de trabalho intermitente, ocorreram 4.523 admissões e 922 desligamentos, gerando saldo de 3.601 empregos, envolvendo 1.166 estabelecimentos, em um universo de 1.013 empresas. Um total de 17 empregados celebrou mais de um contrato desse tipo.
Os estados com maior saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente foram São Paulo (1.062), Minas Gerais (687), Rio de Janeiro (519), Espírito Santo (208), Goiás (178) e Paraná (130).
Os principais saldos nessa modalidade ficaram nos setores de Serviços (1.580 postos), Construção Civil (879), Comércio (564), Indústria de Transformação (500) e Agropecuária (68).
As dez principais ocupações segundo saldo de emprego foram atendente de lojas e mercados (313 postos), servente de obras (202), vigilante (126), faxineiro (124), mecânico de manutenção de equipamentos de mineração (124), alimentador de linha de produção (113), garçom (108), soldador (99), vendedor de comércio varejista (92) e pedreiro (80).
Trabalho em Regime de Tempo Parcial
Foram registradas 5.762 admissões em regime de tempo parcial e 3.208 desligamentos, gerando saldo de 2.554 empregos, envolvendo 3.533 estabelecimentos, em um universo de 3.243 empresas. Um total de 49 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial, sendo 32 empregados com jornada até 24 horas e 17 empregados com jornada acima de 24 horas.
Os estados com maior saldo de emprego em regime de tempo parcial foram São Paulo (390 postos), Ceará (388), Santa Catarina (286), Minas Gerais (207), Rio de Janeiro (165) e Rio Grande do Norte (163).
Os setores que mais apresentaram esse tipo de regime foram os Serviços (1.665 postos), o Comércio (547), a Indústria da Transformação (204), a Construção Civil (95), a Administração Pública (21) e a Agropecuária (20).
As dez principais ocupações foram professor de ensino superior na área de didática (182), vendedor de comércio varejista (152), auxiliar de escritório em geral (125), faxineiro (103), operador de caixa (91), repositor de mercadorias (75), agente de pátio (65), professor de educação de jovens e adultos do ensino fundamental – 1ª a 4ª séries (57), empregada doméstica nos serviços gerais (55) e vigilante (50).
Fonte: Sítio do Ministério do Trabalho