“A confiança empresarial segue em trajetória gradualmente ascendente. Há insatisfação com a situação corrente dos negócios, que é ainda considerada aquém da “normalidade” pelo empresariado. Já as expectativas evoluíram favoravelmente no mês, praticamente convergindo para o nível neutro de 100 pontos. Se, por um lado, o Comércio já não está tão otimista quanto nos meses anteriores, após o anúncio da liberação de recursos do FGTS, a Indústria ganhou algum fôlego após cinco meses de marcante desânimo. A confiança da Construção continua sendo a menor entre os grandes setores, mas sua evolução tem sido a mais favorável neste segundo semestre”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas Públicas da FGV IBRE.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
Os dois componentes do ICE evoluíram em sentidos opostos em novembro: o índice que mede a percepção corrente dos empresários (ISA-E) caiu 0,2 ponto, para 92,2 pontos, após cinco meses de evolução favorável. O Índice de Expectativas (IE-E) subiu 0,6 ponto, para 99,9 pontos. “O ISA ainda muito inferior aos 100 pontos retrata um empresariado insatisfeito com o ritmo dos negócios – ainda abaixo do nível considerado “normal” – e com expectativas neutras (nem pessimista nem otimista) em relação à evolução da economia nos próximos meses”, afirma Aloisio Campelo Jr.
Em termos setoriais, houve melhora na confiança da Indústria, Serviços e Construção em novembro. O destaque é a confiança da Construção, que vem crescendo desde o final do segundo trimestre de 2019 (à exceção de setembro), e nesse mês atinge o maior nível desde setembro de 2014 (89,9 pontos). Outra notícia favorável do mês foi a melhora das expectativas industriais, que vinham piorando nos dois meses anteriores.
Difusão da Confiança
Em novembro, a confiança avançou em 67% dos 49 segmentos que integram o ICE, um número mais favorável que o do mês anterior. Na Indústria e nos Serviços a difusão de alta superou os 60%, com destaque para Indústria em que quase 80% dos segmentos avançaram no mês.
Fonte: Contabilidade na TV