Do total de companhias do Brasil, 65,34% – ou 14,083 milhões de empresas – estavam registradas no Simples, segundo o levantamento Mapa das Empresas Brasileiras, publicado pela BigData Corp e obtido pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Seis meses antes, em outubro de 2017, eram 12,557 milhões de CNPJs registrados no Simples – uma participação de 59,95% sobre o total de empresas.
O Mapa das Empresas Brasileiras estimou, ainda, faturamento e número total de empregados das empresas do Simples cruzando dados oficiais com informações deixadas pelas empresas em sites abertos da internet e adotando modelos estatísticos. Assim, o maior grupo do Simples, com 71,90% dos CNPJs, diz respeito às empresas de menor movimento – de até R$ 250 mil anuais. Essa proporção cresceu nos últimos seis meses (2,89 pontos porcentuais). Já, o intervalo das empresas que faturam de R$ 250 mil a R$ 500 mil compreendia 4,38% das empresas em março, versus 3,90% em outubro de 2017.
As empresas criadas entre outubro de 2017 e março de 2018 representam 2,63% da base total de companhias. Já as que têm entre seis e 12 meses, ou seja, que foram abertas no semestre imediatamente anterior, são 6,16% da base. A grande maioria, no entanto, concentra-se na faixa dos cinco a dez anos, ou 29,52%; e entre dois e três anos, 10,92%.
Quando se olha para as principais atividades das empresas do regime de Simples na Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE), o Comércio Varejista desponta como a categoria de maior adesão – 21,92%. É seguida por Alimentação, 5,98%, e Outras Atividades de Serviços Pessoais, 4,39%.
Geograficamente, São Paulo desponta como a cidade que mais possui registros de empresas no Simples (8,95%), seguida de Rio de Janeiro (4,25%) e Belo Horizonte (1,89%). Chama a atenção o fato de Campinas (com 0,79%) e Guarulhos (0,68%) estarem à frente de capitais como Belém (0,60%) e Natal (0,47%).
De acordo com a BigData Corp, 41,57% de todos os CNPJs do País – incluindo Simples e empresas enquadradas fora desse regime – são de empresas inativas. O número é mais alto do que em outubro de 2017, quando a participação das inativas estava em 39,76%. “Essa variação indica que, embora a economia esteja reagindo positivamente, ainda nos encontramos em final de um ciclo recessivo. E especialmente ao final de ano, momento de revisão de metas e encontro de contas, é comum vermos empresas sendo encerradas, por não estarem dando o lucro almejado por seus acionistas”, avalia o CEO BigData Corp, Thoran Rodrigues.
Os dados do início de outubro de 2017 e de março de 2018 para o Mapa das Empresas Brasileiros foram obtidos por meio de varreduras de big data em mais de 10 milhões de sites ativos da internet brasileira e cruzados com bases de dados oficiais. Os dados sobre faturamento e número de funcionários são estimativas da BigData Corp com base em referências deixadas por empresas em sites abertos na internet, sobre as quais foram aplicados modelos estatísticos.
Fonte: Agência Estado