DOE de 21/12/2013
Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – RICMS
GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto nos artigos 8° e 66-F da Lei 6.374, de 1° de março de 1989, e no Convênio ICMS-110/07, de 28 de setembro de 2007,
DECRETA:
Artigo 1° – Passam a vigorar com a redação que se segue os dispositivos adiante indicados do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000:
I – o inciso VI do “caput” do artigo 54:
“VI – óleo diesel e etanol hidratado combustível – EHC (Lei n° 6.374/89, art. 34, § 1°, item 10, na redação da Lei 11.593/03, artigo 1°, I);” (NR);
II – o inciso XXVI do “caput” do artigo 55:
“XXVI – etanol anidro combustível – EAC, classificado no código 2207.10.0100, querosene de aviação classificado no código 2710.00.0401 e gasolina classificada nos códigos 2710.00.0301, 2710.00.0302, 2710.00.0303 e 2710.00.0399 (Lei 6.374/89, art. 34, § 5°, item 25, na redação da Lei 11.593/03, artigo 1°, II);” (NR);
III – os §§ 4° e 5° do artigo 67:
“§ 4° – O contribuinte que efetuar operações interestaduais com gasolina “C” resultante da mistura de etanol anidro combustível – EAC com gasolina “A” deverá efetuar o estorno, mediante adoção dos procedimentos previstos no inciso III do artigo 420, em relação ao imposto correspondente ao volume de etanol anidro combustível – EAC contido na mistura (Convênio ICMS-110/07, cláusula vigésima primeira, § 10).” (NR);
“§ 5° – O contribuinte que efetuar operações interestaduais com óleo diesel resultante da mistura com biodiesel puro – B100 deverá efetuar o estorno, mediante adoção dos procedimentos previstos no inciso III do artigo 420-C, em relação ao imposto correspondente ao volume de B100 contido na mistura (Convênio ICMS-110/07, cláusula vigésima primeira, § 10 na redação do Convênio ICMS-136/08, cláusula primeira).” (NR);
IV – o “caput” do artigo 413-A, mantidos os seus incisos:
“Artigo 413-A – O contribuinte substituído será responsável solidário pelo recolhimento do imposto devido a este Estado, inclusive seus acréscimos legais, na aquisição de combustível líquido ou gasoso derivado de petróleo, etanol anidro combustível – EAC e biodiesel puro – B100, cuja operação, conforme o caso, não tiver sido (Lei 6.374/89, artigo 9°, X e XI, e Convênio ICMS-110/07):” (NR);
V – o artigo 417:
“Artigo 417 – A base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o preço máximo ou único de venda a consumidor fixado por autoridade competente ou o preço final sugerido pelo fabricante ou importador aprovado e divulgado pela Secretaria da Fazenda (Lei 6.374/89, artigo 28, Convênio ICMS-110/07).
§ 1° – Inexistindo esses preços, a base de cálculo será:
1 – o Preço Médio Ponderado a Consumidor Final – PMPF, com ICMS incluso, praticado nas operações internas, divulgado mediante Ato COTEPE publicado no Diário Oficial da União;
2 – na operação que promover a entrada em território paulista de combustível líquido ou gasoso ou lubrificante, derivados de petróleo, para uso ou consumo final do adquirente:
a) o valor da operação praticado pelo remetente, como tal entendido o preço de aquisição pelo destinatário, nele incluído o respectivo ICMS, se a mercadoria não tiver sido submetida à substituição tributária com retenção do imposto em operação anterior;
b) aquela definida no item 1, se o imposto tiver sido retido anteriormente.
§ 2° – Na hipótese de inexistência dos preços indicados no “caput” e no § 1° deste artigo ou no caso de decisão administrativa ou judicial determinar a não aplicação dos referidos preços, a base de cálculo será:
1 – nas hipóteses previstas nos incisos I, II, III e IV do artigo 412, o montante formado pelo preço estabelecido por autoridade competente para o sujeito passivo por substituição, nele incluído o respectivo valor do ICMS nas operações internas, ou, em caso de inexistência daquele, o valor da operação acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, tributos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, adicionados, ainda, em ambos os casos, do valor resultante da aplicação dos percentuais de margem de valor agregado divulgados mediante Ato COTEPE publicado no Diário Oficial da União;
2 – em relação aos combustíveis líquidos ou gasosos, derivados de petróleo, importados do exterior, o montante formado pelo valor da mercadoria constante no documento de importação, que não poderá ser inferior ao valor que serviu de base de cálculo para o Imposto de Importação, acrescido dos valores correspondentes a impostos, inclusive o ICMS devido pela importação, taxas, contribuições e despesas aduaneiras, acrescido, ainda, da parcela resultante da aplicação dos percentuais de margem de valor agregado divulgados mediante Ato COTEPE publicado no Diário Oficial da União;
3 – na hipótese prevista no inciso V do artigo 412, a soma do preço de aquisição da mercadoria com os valores correspondentes a frete, seguro, tributos e outros encargos devidos pelo adquirente, acrescida da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, dos percentuais de margem de valor agregado divulgados mediante Ato COTEPE publicado no Diário Oficial da União;
4 – na hipótese prevista no artigo 416, o montante formado pelo valor da operação acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, tributos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, adicionados, ainda, do valor resultante da aplicação dos percentuais de margem de valor agregado divulgados mediante Ato COTEPE publicado no Diário Oficial da União.
§ 3° – Em substituição aos percentuais de margem de valor agregado estabelecidos para as situações de que trata o § 2°, deverão ser adotados, conforme o caso, percentuais específicos, também divulgados mediante Ato COTEPE publicado no Diário Oficial da União, nas seguintes hipóteses:
1 – quando o estabelecimento produtor nacional de gasolina automotiva, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo praticar preço sem computar no seu cálculo os valores integrais:
a) da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE;
b) das Contribuições para o Programa de Integração Social – PIS, para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP e para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;
2 – quando o importador realizar o desembaraço aduaneiro de gasolina automotiva, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo, querosene de aviação ou gasolina de aviação com suspensão ou sem o pagamento do valor integral de qualquer uma das contribuições referidas no item 1;
3 – quando a distribuidora de combustível, assim definida e autorizada por órgão federal competente, praticar preço sem computar o valor integral de qualquer uma das contribuições referidas no item 1.
VI – a Seção II do Capítulo VI do Título II do Livro II, composta pelos artigos 418, 418-A, 418-B, 418-C, 418-D, 418-E, 418-F, 419, 419-A e 420:
“SEÇÃO II
DAS OPERAÇÕES COM ETANOL COMBUSTÍVEL
SUBSEÇÃO I
DAS OPERAÇÕES COM ETANOL HIDRATADO COMBUSTÍVEL – EHC
“Artigo 418 – Na saída de etanol hidratado combustível – EHC com destino a estabelecimento localizado em território paulista, fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final a (Lei 6.374/89, artigos 8°, IV, 28 e 66-F, Convênio ICMS – 110/2007, cláusula primeira)
I – estabelecimento do distribuidor de combustíveis, como tal definido e autorizado por órgão federal competente, localizado neste Estado, desde que a sua condição de sujeito passivo por substituição tributária não esteja suspensa, observado o disposto no artigo 418-C;
II – estabelecimento do distribuidor de combustíveis, como tal definido e autorizado por órgão federal competente, localizado em Estado signatário de acordo firmado com o Estado de São Paulo, que remeter a mercadoria aos destinatários adiante indicados, observado o disposto no artigo 418-D:
a) distribuidor de combustíveis suspenso da condição de sujeito passivo por substituição tributária, observado o disposto no § 3°;
b) posto revendedor varejista;
III – estabelecimento de fabricante, cooperativa de produtores ou empresa comercializadora de etanol, como tal definido e autorizado por órgão federal competente, localizado em território paulista ou em Estado signatário de acordo firmado com o Estado de São Paulo, que destinar a mercadoria a distribuidor de combustíveis suspenso da condição de sujeito passivo por substituição tributária, observado o disposto no § 3° e nos artigos 418-B e 418-D;
IV – qualquer estabelecimento, excetuado o de fabricante, cooperativa de produtores ou empresa comercializadora de etanol, que receber essa mercadoria diretamente de outro Estado, sem retenção do imposto, em hipóteses não abrangidas pelos incisos II e III, observado o disposto no artigo 418-E.
§ 1° – Na falta do preço máximo ou único de venda a consumidor fixado por autoridade competente, a base de cálculo será o montante formado pelo preço estabelecido por autoridade competente para o sujeito passivo por substituição tributária, nele incluído o respectivo valor do ICMS nas operações internas, ou, em caso de inexistência deste preço, pelo valor da operação acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, tributos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, adicionados, ainda, em ambos os casos, do valor resultante da aplicação dos percentuais de margem de valor agregado divulgados mediante Ato COTEPE publicado no Diário Oficial da União (Convênio ICMS-110/2007, cláusulas sétima e oitava).
§ 2° – Na hipótese de a base de cálculo de que trata o § 1°, por litro, ser inferior ao Preço Médio Ponderado a Consumidor Final – PMPF divulgado mediante Ato COTEPE publicado no Diário Oficial da União, este preço será adotado como base de cálculo da substituição tributária.
§ 3° – A relação dos distribuidores de combustíveis que estiverem com a condição de sujeito passivo por substituição tributária suspensa por descumprimento das obrigações tributárias, nos termos de disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda, será publicada no Diário Oficial do Estado, bem como estará disponível para consulta no endereço eletrônico www.fazenda.sp.gov.br.
Artigo 418-A – O contribuinte localizado em território paulista que fabricar ou comercializar etanol hidratado combustível – EHC, exceto o varejista, poderá solicitar credenciamento perante a Secretaria da Fazenda, conforme disciplina por ela estabelecida, para fins de cumprimento das obrigações fiscais nos termos do inciso I do artigo 418-B ou inciso I do artigo 418-C.
§ 1° – O credenciamento previsto no “caput”:
1 – poderá ser solicitado também por contribuinte localizado em outra unidade da Federação, desde que esteja inscrito como substituto tributário neste Estado, para cumprimento das obrigações fiscais nos termos do inciso I do artigo 418-D;
2 – não será concedido a distribuidor de combustíveis suspenso da condição de sujeito passivo por substituição tributária.
§ 2° – A Secretaria da Fazenda poderá credenciar determinado contribuinte, de ofício, a título precário, sem prejuízo da exigência do cumprimento da disciplina estabelecida para o credenciamento.
§ 3° – O contribuinte credenciado, ao emitir o documento fiscal, deverá fazer constar no campo “Observações” as seguintes expressões: “Remetente credenciado conforme o artigo 418-A – Processo …” e/ou “Destinatário credenciado conforme o artigo 418-A – Processo …”.
Artigo 418-B – Tratando-se de saída de etanol hidratado combustível – EHC promovida por fabricante, cooperativa de produtores ou empresa comercializadora de etanol localizado em território paulista (Lei 6.374/89, art. 8°, IV):
I – credenciado nos termos do artigo 418-A, o remetente deverá:
a) cumprir as obrigações tributárias, principal e acessórias, pelo sistema de débito e crédito, observando as normas comuns previstas na legislação;
b) quando for substituto tributário, conforme inciso III do artigo 418, cumprir as obrigações tributárias, principal e acessórias, no tocante às operações próprias, pelo sistema de débito e crédito, e operações subsequentes, observando as normas comuns previstas na legislação, inclusive as relativas ao regime jurídico da substituição tributária;
II – não credenciado nos termos do artigo 418-A com destino a contribuinte credenciado nos termos do artigo 418-A, o imposto incidente na operação fica diferido para o momento em que ocorrer a entrada da mercadoria no estabelecimento do destinatário, devendo este observar o disposto no artigo 116;
III – não credenciado nos termos do artigo 418-A para destinatário diverso do indicado no inciso II, o remetente deverá:
a) recolher o imposto relativo à operação própria por meio de Guia de Arrecadação Estadual – GARE-ICMS, antes de promover cada saída, observando os §§ 1° a 3°;
b) quando for substituto tributário, conforme inciso III do artigo 418, recolher o imposto por meio de Guia de Arrecadação Estadual – GARE-ICMS, antes de promover cada saída, sendo uma guia de recolhimento para a operação própria e outra para as operações subsequentes, observando os §§ 1° e 2°.
§ 1° – Na hipótese do inciso III, o valor do imposto referente à operação própria, recolhido por meio de Guia de Arrecadação Estadual – GARE-ICMS, deverá ser o equivalente a 70% (setenta por cento) do valor do imposto destacado no documento fiscal, sem prejuízo da apuração a ser efetuada a cada período nos termos do artigo 87 e observado o seguinte:
1 – o valor recolhido deverá ser lançado no livro Registro de Apuração do ICMS, no quadro “Crédito do Imposto – Outros Créditos”, com a expressão “ICMS recolhido nos termos do artigo 418-B, Inciso III”, no período do recolhimento;
2 – o valor do imposto destacado no documento fiscal deverá ser lançado no livro Registro de Saídas.
§ 2° – As Guias de Arrecadação Estadual – GARE-ICMS deverão:
1 – ser juntadas aos correspondentes Documentos Auxiliares da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE;
2 – conter o número da correspondente Nota Fiscal Eletrônica – NF-e impresso no campo “Observações”.
§ 3° – Na hipótese da alínea “a” do inciso III, o valor do imposto destacado no documento fiscal emitido pelo remetente deverá ser lançado pelo destinatário, no livro de Registro de Entradas, da seguinte forma:
1 – o valor recolhido pelo remetente por meio de Guia de Arrecadação Estadual – GARE-ICMS, desde que a guia de recolhimento tenha sido juntada ao Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE, conforme previsto no § 2°;
2 – em separado, o valor correspondente a 30% (trinta por cento) do valor do imposto destacado no referido documento fiscal.
§ 4° – A soma dos valores indicados nos itens 1 e 2 do § 3° não poderá ser maior que o valor do imposto destacado no documento fiscal emitido pelo remetente.
Artigo 418-C – Tratando-se de saída de etanol hidratado combustível – EHC promovida por distribuidor de combustíveis localizado em território paulista:
I – credenciado nos termos do artigo 418-A, o remetente deverá, na condição de substituto tributário conforme inciso I do artigo 418, cumprir as obrigações tributárias, principal e acessórias, no tocante às operações próprias, pelo sistema de débito e crédito, e operações subsequentes, observando as normas comuns previstas na legislação, inclusive as relativas ao regime jurídico da substituição tributária;
II – não credenciado nos termos do artigo 418-A, o remetente deverá, na condição de substituto tributário conforme inciso I do artigo 418, recolher o imposto por meio de Guia de Arrecadação Estadual – GARE-ICMS, antes de promover cada saída, sendo uma guia de recolhimento para a operação própria e outra para as operações subsequentes, observando os §§ 1° e 2°;
III – que tenha recebido a mercadoria com retenção antecipada do imposto por estar suspenso da condição de sujeito passivo por substituição tributária, deverão ser observadas as normas previstas na legislação aplicáveis aos substituídos tributários.
§ 1° – Na hipótese do inciso II, o valor do imposto referente à operação própria, recolhido por meio de Guia de Arrecadação Estadual – GARE-ICMS, deverá ser o equivalente a 10% (dez por cento) do valor do imposto destacado no documento fiscal, sem prejuízo da apuração a ser efetuada a cada período nos termos do artigo 87 e observado o seguinte:
1 – o valor recolhido deverá ser lançado no livro Registro de Apuração do ICMS, no quadro “Crédito do Imposto – Outros Créditos”, com a expressão “ICMS recolhido nos termos do artigo 418-C, Inciso II”, no período do recolhimento;
2 – o valor do imposto destacado no documento fiscal deverá ser lançado no livro Registro de Saídas.
§ 2° – As Guias de Arrecadação Estadual – GARE-ICMS a que se referem o inciso II e o § 1° deverão:
1 – ser juntadas aos correspondentes Documentos Auxiliares da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE;
2 – conter o número da correspondente Nota Fiscal Eletrônica – NF-e impresso no campo “Observações”.
§ 3° – Na hipótese do inciso II, o destinatário da mercadoria deverá exigir a apresentação das Guias de Arrecadação Estadual – GARE-ICMS em conformidade com o § 2°, sob pena de ser responsabilizado solidariamente, nos termos do inciso XII do artigo 11 deste regulamento, pelo imposto não recolhido.
Artigo 418-D – Na hipótese de o sujeito passivo por substituição tributária relativamente à saída de etanol hidratado combustível – EHC ser fabricante, cooperativa de produtores, empresa comercializadora de etanol ou distribuidor de combustíveis localizados em Estado signatário de acordo firmado com o Estado de São Paulo, conforme incisos II e III do artigo 418, o remetente (Convênio ICMS-110/07, cláusula primeira):
I – quando inscrito como substituto tributário neste Estado e credenciado nos termos do artigo 418-A, deverá cumprir as obrigações tributárias, principal e acessórias, no tocante às operações subsequentes, observando as normas relativas ao regime jurídico da substituição tributária previstas na legislação;
II – nos demais casos, deverá recolher o imposto relativo às operações subsequentes por meio de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais – GNRE, nos termos do § 3° do artigo 262.
§ 1°- Na hipótese do inciso I, o imposto retido deverá ser recolhido até o 10° (décimo) dia subsequente ao término do período de apuração em que tiver ocorrido a operação. (Convênio ICMS – 110/2007, cláusula décima sexta).
§ 2° – Não havendo o recolhimento previsto no inciso II, o contribuinte paulista que conste como destinatário no documento fiscal deverá efetuar antecipadamente, na entrada da mercadoria no território deste Estado, o recolhimento, nos termos do artigo 418-E:
1 – do imposto devido pela própria operação de saída da mercadoria;
2 – em sendo o caso, do imposto devido pelas operações subsequentes sujeitas à retenção antecipada, mesmo que esteja suspenso da condição de sujeito passivo por substituição tributária.
Artigo 418-E – Na hipótese de estabelecimento localizado neste Estado, excetuado o de fabricante, cooperativa de produtores e empresa comercializadora de etanol, receber etanol hidratado combustível – EHC diretamente de outro Estado, sem retenção do imposto, conforme disposto no inciso IV do artigo 418, deverá ser observado o seguinte:
I – o imposto incidente na operação própria e nas subsequentes será recolhido na entrada da mercadoria no território deste Estado, por meio de guia de recolhimentos especiais, conforme disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda;
II – a escrituração das operações a que se refere este artigo será efetuada nos termos do artigo 277, considerando-se o valor recolhido por antecipação como imposto devido pela própria operação de saída da mercadoria, exceto no caso de contribuinte não varejista enquadrado no Regime Periódico de Apuração – RPA, hipótese em que o valor recolhido por antecipação será assim considerado:
a) como parcela relativa ao imposto devido pela própria operação de saída da mercadoria, o valor resultante da multiplicação da diferença entre a alíquota interna e a interestadual pela base de cálculo da operação de entrada da mercadoria;
b) como parcela relativa ao imposto devido pelas operações subsequentes, na condição de sujeito passivo por substituição, o valor total recolhido, deduzido do valor calculado nos termos da alínea “a”.
III – na saída da mercadoria do estabelecimento será emitido documento fiscal nos termos do artigo 274 e escriturado o livro Registro de Saídas na forma do artigo 278;
IV – no tocante ao imposto recolhido de acordo com o inciso I, aplicar-se-á o disposto no inciso VI do artigo 63 e no artigo 269. Artigo 418-F – O lançamento do imposto, relativo à operação própria, incidente nas sucessivas saídas internas de etanol hidratado combustível – EHC, promovidas por distribuidor de combustíveis com destino a outro distribuidor de combustíveis, em ambos os casos como definido e autorizado por órgão federal competente, fica diferido para o momento em que ocorrer a saída com destino a:
I – posto revendedor varejista;
II – consumidor final;
III – distribuidor de combustíveis suspenso da condição de sujeito passivo por substituição tributária.
Parágrafo único – O disposto neste artigo:
1 – aplica-se também à saída de etanol hidratado combustível – EHC com destino a outro estabelecimento não indicado no “caput” e seus incisos;
2 – não prejudica a aplicação das disposições relativas à substituição tributária, conforme o caso, nos termos dos artigos 418, 418-C, 418-E e no inciso III do artigo 423.
SUBSEÇÃO II –
DAS OPERAÇÕES COM ETANOL ANIDRO COMBUSTÍVEL – EAC
Artigo 419 – Na operação interna ou interestadual que destinar etanol anidro combustível – EAC a estabelecimento do distribuidor de combustíveis, como tal definido e autorizado por órgão federal competente, o lançamento do imposto incidente fica diferido para o momento em que ocorrer a saída da gasolina “C” resultante da mistura de etanol anidro combustível – EAC com gasolina “A”, promovida pelo estabelecimento do distribuidor de combustíveis, desde que, nos termos de disciplina editada pela Secretaria da Fazenda:
I – o remetente e o destinatário estejam previamente cadastrados no Sistema de Controle do Diferimento do Imposto nas Operações com EAC – CODIF;
II – o diferimento seja previamente autorizado, nos termos do disposto no § 2°;
III – o destinatário apresente pedido, por escrito, relativo à fixação da quantidade, nos termos:
a) da alínea “a” do item 1 do § 2°, se estiver localizado neste Estado;
b) da alínea “b” do item 1 do § 2°, se estiver localizado em outro Estado.
§ 1° – O imposto devido a este Estado nas operações com etanol anidro combustível – EAC será pago pela refinaria de petróleo ou suas bases, conforme segue:
1 – nas operações internas, englobadamente com o imposto retido por substituição tributária incidente sobre as subsequentes operações com a gasolina;
2 – nas operações interestaduais de saída do produto do território paulista, no mesmo momento do pagamento do imposto retido por substituição tributária incidente sobre as subsequentes operações com combustíveis derivados de petróleo, devido por repasse a este Estado, observado o disposto no item 1 do § 2° do artigo 419-A.
§ 2° – A autorização mencionada no inciso II:
1 – será concedida, observada a quantidade apurada e fixada a pedido do estabelecimento do distribuidor interessado ou de ofício pela Secretaria da Fazenda, limitada:
a) tratando-se de destinatário localizado neste Estado, à quantidade de etanol anidro combustível – EAC necessária e suficiente para ser adicionada à gasolina “A”, cujo imposto tenha sido pago anteriormente por substituição tributária, para preparo de gasolina “C” pelo estabelecimento do distribuidor de combustíveis, com base no percentual de mistura fixado na legislação federal, deduzida a quantidade de etanol anidro combustível – EAC adquirida de estabelecimento localizado em outro Estado;
b) tratando-se de destinatário localizado em outro Estado, à quantidade de etanol anidro combustível – EAC estabelecida nos termos de disciplina editada pela Secretaria da Fazenda;
2 – deverá ter seu número indicado na Nota Fiscal Eletrônica – NF-e, modelo 55, no campo “Informações Complementares”, com a expressão “ICMS DIFERIDO ART. 419 DO RICMS – AUTORIZAÇÃO N°…”, e no campo “Código de Autorização/Registro do CODIF”;
3 – fica dispensada, nas transferências internas de etanol anidro combustível – EAC para estabelecimento distribuidor de combustíveis pertencente ao mesmo titular;
4 – não tem efeito homologatório, devendo o estabelecimento do distribuidor de combustíveis comprovar, quando notificado, que efetivamente o etanol anidro combustível – EAC foi adicionado à gasolina “A”, cujo imposto tenha sido pago anteriormente por substituição tributária, para preparo de gasolina “C”, com base no percentual de mistura fixado na legislação federal.
§ 3° – Ficarão disponíveis para consulta por 90 (noventa) dias na página da Secretaria da Fazenda no endereço eletrônico http:// www.fazenda.sp.gov.br, as informações relativas:
1 – ao número, série e data da Nota Fiscal Eletrônica – NF-e;
2 – aos números de inscrição, estadual e no CNPJ, do remetente e do destinatário;
3 – à quantidade de etanol anidro combustível – EAC referente a cada autorização.
§ 4° – O lançamento do imposto deverá ser efetuado pelo estabelecimento do distribuidor de combustíveis na hipótese de não ser efetuada a comprovação mencionada no item 4 do § 2°, devendo o imposto ser recolhido por meio de Guia de Arrecadação Estadual – GARE-ICMS, acrescido de multa e demais acréscimos legais calculados desde a data da saída do estabelecimento remetente, sem prejuízo, se for o caso, do pagamento do imposto relativo à saída do próprio estabelecimento do distribuidor.
§ 5° – O diferimento previsto neste artigo fica interrompido, devendo o pagamento do imposto ser efetuado, mediante guia de recolhimentos especiais, em favor da unidade federada remetente do etanol anidro combustível – EAC, pelo estabelecimento paulista de distribuidor de combustíveis em que ocorrer:
1 – saída de etanol anidro combustível – EAC amparada por não-incidência ou isenção;
2 – qualquer outra saída ou evento que impossibilitar o lançamento do imposto no momento indicado no “caput” deste artigo.
§ 6° – A interrupção do diferimento a que se refere o § 5° implicará glosa do repasse previsto no item 2 do § 2° do artigo 419-A quando a operação anteriormente diferida tiver origem em outra unidade federada.
§ 7° – O estabelecimento do distribuidor de combustíveis, localizado em outro Estado, que deixar de informar as operações interestaduais nos termos do artigo 419-A poderá ter seu cadastro desativado no Sistema de Controle do Diferimento do Imposto nas Operações com EAC – CODIF, até que seja regularizada a situação.
Artigo 419-A – Nas operações interestaduais com etanol anidro combustível – EAC, deverá ser observado o convênio específico firmado entre os Estados arrolados na Tabela V do Anexo VI e as disposições deste artigo.
§ 1° – O estabelecimento do distribuidor de combustíveis localizado em outro Estado que receber etanol anidro combustível – EAC remetido por contribuinte paulista, com o diferimento previsto no artigo 419, deverá:
1 – registrar, com utilização do Sistema de Captação e Auditoria dos Anexos de Combustíveis – SCANC, aprovado pela COTEPE/ICMS, os dados relativos a cada operação;
2 – identificar:
a) o sujeito passivo por substituição que tenha retido anteriormente o imposto relativo à gasolina “A”, com base na proporção da sua participação no somatório das quantidades do estoque inicial e das entradas ocorridas no mês, relativamente à gasolina “A” adquirida diretamente de sujeito passivo por substituição tributária;
b) o fornecedor da gasolina “A”, com base na proporção da sua participação no somatório das quantidades do estoque inicial e das entradas ocorridas no mês, relativamente à gasolina “A” adquirida de outro contribuinte substituído;
3 – enviar as informações a que se referem os itens 1 e 2, por transmissão eletrônica de dados, na forma e prazos previstos em convênio específico firmado entre os Estados arrolados na Tabela V do Anexo VI.
§ 2° – A refinaria de petróleo ou suas bases, à vista das informações fornecidas por distribuidores de combustíveis estabelecidos neste e em outros Estados procederão conforme segue:
1 – em relação às operações interestaduais de saída de etanol anidro combustível – EAC do território paulista, repassarão o imposto incidente nessas operações a este Estado;
2 – em relação às operações de aquisição de etanol anidro combustível – EAC de outros Estados, repassarão o imposto incidente nessas operações interestaduais ao Estado de origem, deduzindo esse montante do imposto retido, relativo à gasolina, devido a este Estado.
§ 3° – Na hipótese de dilação, a qualquer título, do prazo de pagamento do imposto pela unidade federada de destino, o imposto relativo às operações com etanol anidro combustível – EAC deverá ser repassado integralmente a este Estado no prazo estabelecido no convênio específico firmado entre os Estados arrolados na Tabela V do Anexo VI.
§ 4° – A inobservância das disposições previstas no § 1°, inclusive a omissão ou apresentação de informações falsas ou inexatas, implicará a responsabilidade do estabelecimento do distribuidor de combustíveis, podendo dele ser exigido:
1 – o imposto devido a este Estado e correspondentes acréscimos legais;
2 – no caso de entrega extemporânea das informações, o imposto devido a este Estado, calculado mediante imputação, com os acréscimos decorrentes do recolhimento ou repasse em atraso, sem prejuízo da multa punitiva prevista na alínea “d” do inciso VII do artigo 527.
Artigo 420 – Na operação de saída interestadual de gasolina “C”, resultante da mistura de etanol anidro combustível – EAC com gasolina “A”, além das demais disposições previstas na legislação, deverá ser observado o convênio específico firmado entre os Estados arrolados na Tabela V do Anexo VI e o seguinte:
I – o estabelecimento do distribuidor de combustíveis localizado neste Estado que remeter a gasolina “C” deverá observar o disposto nos incisos II e III do artigo 415, em relação ao registro e ao envio das informações relativas a cada operação, com utilização do Sistema de Captação e Auditoria dos Anexos de Combustíveis – SCANC, aprovado pela COTEPE/ICMS;
II – a refinaria de petróleo ou suas bases observarão o disposto no convênio específico firmado entre os Estados arrolados na Tabela V do Anexo VI em relação ao repasse, para o Estado de destino, do imposto relativo à gasolina “C” anteriormente retido em favor deste Estado;
III – o imposto devido nos termos do § 4° do artigo 67, relativo ao etanol anidro combustível – EAC contido na gasolina “C”, deverá ser pago pelo estabelecimento do distribuidor de combustíveis remetente, mediante lançamento no livro Registro de Apuração do ICMS, no quadro “Débito do Imposto – Outros Débitos”, com a expressão “Estorno de ICMS – Artigo 420, III, do RICMS”, devendo ser calculado na seguinte conformidade:
a) o valor unitário médio das operações de entrada de etanol anidro combustível – EAC ocorridas no mês será apurado com base no valor total das operações, incluindo o respectivo ICMS;
b) a base de cálculo será o resultado da multiplicação do valor unitário médio pela quantidade de etanol anidro combustível – EAC contido na gasolina “C” remetida a outra unidade federada;
c) sobre a base de cálculo será aplicada a alíquota média ponderada incidente sobre as operações de entrada de etanol anidro combustível – EAC ocorridas no mês.” (NR);
VII – os incisos I e III do “caput” do artigo 423: “I – saída de gasolina e etanol anidro combustível – EAC com destino ao distribuidor de combustíveis;” (NR);
“III – saída de combustíveis, exceto etanol hidratado carburante – EHC, com destino a outro estabelecimento responsável, quando ocorrer transmissão de propriedade.” (NR); VIII – o “caput” do artigo 423-A:
“Artigo 423-A – O contribuinte deverá entregar as informações relativas às operações interestaduais que promover com combustíveis derivados de petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente ou com etanol anidro combustível – EAC cuja operação tenha ocorrido com diferimento do lançamento do imposto com observância de programa de transmissão eletrônica de dados e das disposições de convênio sobre o assunto (Convênio ICMS-110/07).” (NR);
IX – o artigo 424-A:
“Artigo 424-A – O contribuinte obrigado a prestar as informações de que trata o artigo 423-A sobre os valores de repasse, dedução, ressarcimento e complemento do imposto incidente nas operações interestaduais com combustíveis derivados de petróleo e etanol anidro combustível – EAC por meio de transmissão eletrônica de dados, relativamente ao mês imediatamente anterior, deverá observar os prazos estabelecidos em ato expedido pela Secretaria da Fazenda para o cumprimento dessa obrigação. (Convênio ICMS- 110/07).” (NR);
X – o “caput” do artigo 424-C:
“Artigo 424-C – O revendedor varejista de combustíveis e os contribuintes do ICMS que adquirirem combustíveis para consumo deverão enviar à Secretaria da Fazenda, até o dia 15 (quinze) de cada mês, em forma e condições por ela estabelecidas, arquivo com o registro fiscal de todas as operações efetuadas a qualquer título no mês anterior com combustíveis derivados de petróleo, gás natural veicular e etanol hidratado combustível – EHC (Lei 6.374/89, art. 67).” (NR);
XI – o “caput” do artigo 20 das Disposições Transitórias, mantidos os seus incisos:
“Artigo 20 (DDTT) – A partir de 1° de março de 2004, o contribuinte que promover operações interestaduais com combustíveis derivados de petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente ou com etanol anidro combustível – EAC, cuja operação tenha ocorrido com diferimento do lançamento do imposto, deverá entregar as informações relativas a essas operações, simultaneamente (Convênio ICMS-54/02, com alterações do Convênio ICMS-121/02, do Convênio ICMS-108/03, cláusula segunda, e do Convênio ICMS-101/04, cláusula primeira, II):” (NR).
Artigo 2° – Fica acrescentada a Seção II-A, composta pelos artigos 420-A, 420-B e 420-C, ao Capítulo VI do Título II do Livro II do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, com a seguinte redação:
“SEÇÃO II-A
DAS OPERAÇÕES COM BIODIESEL PURO – B100
Artigo 420-A – Na operação interna ou interestadual que destinar biodiesel puro – B100 a estabelecimento do distribuidor de combustíveis, como tal definido e autorizado por órgão federal competente, o lançamento do imposto incidente fica diferido para o momento em que ocorrer a saída do óleo diesel resultante da mistura com biodiesel, promovida pelo estabelecimento do distribuidor de combustíveis (Lei 6.374/89, art. 8°, III, e § 10, e Convênio ICMS- 110/07, cláusulas primeira a terceira, vigésima primeira e vigésima terceira a trigésima primeira).
§ 1° – O imposto devido a este Estado será pago pela refinaria de petróleo ou suas bases, conforme segue:
1 – nas operações internas, englobadamente com o imposto retido por substituição tributária incidente sobre as subsequentes operações com o óleo diesel resultante da mistura com biodiesel;
2 – nas operações interestaduais de saída do produto do território paulista, no mesmo momento do pagamento do imposto retido por substituição tributária incidente sobre as subsequentes operações com combustíveis derivados de petróleo, devido por repasse a este Estado, observado o disposto no item 1 do § 2° do artigo 420-B.
§ 2° – O lançamento do imposto deverá ser efetuado pelo estabelecimento do distribuidor de combustíveis, na hipótese de:
1 – não ser comprovada a adição do biodiesel puro – B100 ao óleo diesel, cujo imposto tenha sido pago anteriormente por substituição tributária, com base no percentual de mistura estabelecido na legislação federal, devendo neste caso o imposto ser recolhido por meio de Guia de Arrecadação Estadual – GARE-ICMS, acrescido de multa e demais acréscimos legais calculados desde a data da saída do estabelecimento remetente, sem prejuízo, se for o caso, do pagamento do imposto relativo à saída do próprio estabelecimento do distribuidor de combustíveis;
2 – saída de óleo diesel resultante da mistura com biodiesel em proporção superior à que se refere o item 1, quando autorizado o uso específico ou experimental conforme previsto na legislação federal, apurado sobre o valor do biodiesel puro – B100 que exceder ao volume que serviu de base para a retenção antecipada por substituição tributária, devendo neste caso o imposto ser recolhido pela operação que o estabelecimento do distribuidor de combustíveis realizar, observando as normas comuns previstas na legislação.
§ 3° – O diferimento previsto neste artigo fica interrompido, devendo o pagamento do imposto ser efetuado, mediante guia de recolhimentos especiais, em favor da unidade federada remetente do biodiesel puro – B100, pelo estabelecimento paulista de distribuidor de combustíveis em que ocorrer:
1 – saída de biodiesel puro – B100 amparada por não-incidência ou isenção;
2 – qualquer outra saída ou evento que impossibilitar o lançamento do imposto no momento indicado no “caput” deste artigo.
§ 4° – A interrupção do diferimento a que se refere o § 3° implicará glosa do repasse previsto no item 2 do § 2° do artigo 420-B quando a operação anteriormente diferida tiver origem em outra unidade federada.
Artigo 420-B – Nas operações interestaduais com biodiesel puro – B100, deverá ser observado o convênio específico firmado entre os Estados arrolados na Tabela V do Anexo VI e as disposições deste artigo.
§ 1° – O estabelecimento do distribuidor de combustíveis localizado em outro Estado que receber biodiesel puro – B100 remetido por contribuinte paulista, com o diferimento previsto no artigo 420-A, deverá:
1 – registrar, com utilização do Sistema de Captação e Auditoria dos Anexos de Combustíveis – SCANC, aprovado pela COTEPE/ICMS, os dados relativos a cada operação;
2 – identificar:
a) o sujeito passivo por substituição que tenha retido anteriormente o imposto relativo ao óleo diesel, com base na proporção da sua participação no somatório das quantidades do estoque inicial e das entradas ocorridas no mês, relativamente ao óleo diesel adquirido diretamente de sujeito passivo por substituição tributária;
b) o fornecedor do óleo diesel, com base na proporção da sua participação no somatório das quantidades do estoque inicial e das entradas ocorridas no mês, relativamente ao óleo diesel adquirido de outro contribuinte substituído;
3 – enviar as informações a que se referem os itens 1 e 2, por transmissão eletrônica de dados, na forma e prazos previstos em convênio específico firmado entre os Estados arrolados na Tabela V do Anexo VI.
§ 2° – A refinaria de petróleo ou suas bases, à vista das informações fornecidas por distribuidores de combustíveis estabelecidos neste e em outros Estados procederão conforme segue:
1 – em relação às operações interestaduais de saída de biodiesel puro – B100 do território paulista, repassarão o imposto incidente nessas operações a este Estado;
2 – em relação às operações de aquisição de biodiesel puro – B100 de outros Estados, repassarão o imposto incidente nessas operações interestaduais ao Estado de origem, deduzindo esse montante do imposto retido, relativo ao óleo diesel, devido a este Estado.
§ 3° – Na hipótese de dilação, a qualquer título, do prazo de pagamento do imposto pela unidade federada de destino, o imposto relativo às operações com biodiesel puro – B100 deverá ser repassado integralmente a este Estado no prazo estabelecido no convênio específico firmado entre os Estados arrolados na Tabela V do Anexo VI.
§ 4° – A inobservância das disposições previstas no § 1°, inclusive a omissão ou apresentação de informações falsas ou inexatas, implicará a responsabilidade do estabelecimento do distribuidor de combustíveis, podendo dele ser exigido:
1 – o imposto devido a este Estado e correspondentes acréscimos legais;
2 – no caso de entrega extemporânea das informações, o imposto devido a este Estado, calculado mediante imputação, com os acréscimos decorrentes do recolhimento ou repasse em atraso, sem prejuízo da multa punitiva prevista na alínea “d” do inciso VII do artigo 527.
Artigo 420-C – Na operação de saída interestadual do óleo diesel resultante da mistura com biodiesel, além das demais disposições previstas na legislação, deverá ser observado o convênio específico firmado entre os Estados arrolados na Tabela V do Anexo VI e o seguinte:
I – o estabelecimento do distribuidor de combustíveis localizado neste Estado que remeter o óleo diesel resultante da mistura com biodiesel deverá observar o disposto nos incisos II e III do artigo 415, em relação ao registro e ao envio das informações relativas a cada operação, com utilização do Sistema de Captação e Auditoria dos Anexos de Combustíveis – SCANC, aprovado pela COTEPE/ICMS;
II – a refinaria de petróleo ou suas bases observarão o disposto no convênio específico firmado entre os Estados arrolados na Tabela V do Anexo VI em relação ao repasse, para o Estado de destino, do imposto relativo ao óleo diesel resultante da mistura com biodiesel anteriormente retido em favor deste Estado;
III – o imposto devido nos termos do § 5° do artigo 67, relativo ao biodiesel puro – B100 contido no óleo diesel, deverá ser pago pelo estabelecimento do distribuidor de combustíveis remetente, mediante lançamento no livro Registro de Apuração do ICMS, no quadro “Débito do Imposto – Outros Débitos”, com a expressão “Estorno de ICMS – Artigo 420-C, III, do RICMS”, devendo ser calculado na seguinte conformidade:
a) o valor unitário médio das operações de entrada de biodiesel puro – B100 ocorridas no mês será apurado com base no valor total das operações, incluído o respectivo ICMS;
b) a base de cálculo será o resultado da multiplicação do valor unitário médio pela quantidade de biodiesel puro – B100 contido no óleo diesel remetido a outra unidade federada;
c) sobre a base de cálculo será aplicada a alíquota média ponderada incidente sobre as operações de entrada de biodiesel puro – B100 ocorridas no mês.” (NR).
Artigo 3° – Este decreto entra em vigor em 1° de março de 2014, exceto em relação ao artigo 418-F do Regulamento de ICMS, na redação dada por este decreto, que entra em vigor em 1° de fevereiro de 2014.
Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2013
GERALDO ALCKMIN
ANDREA SANDRO CALABI
Secretário da Fazenda
JOSÉ DO CARMO MENDES JUNIOR
Secretário-Adjunto, Respondendo pelo Expediente da Casa Civil
Publicado na Casa Civil, aos 20 de dezembro de 2013.