O número de mulheres empregadoras cresceu 30% entre os anos de 2021 e 2022.
No entanto, mesmo com esse aumento, a maioria das donas de negócios (87%) continua atuando sozinha em seus empreendimentos, mostra estudo feito pelo Sebrae a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa aponta que ao longo de quatro trimestres consecutivos a proporção de mulheres que geram pelo menos um emprego aumentou de forma expressiva, enquanto o percentual de homens empregadores cresceu apenas 8%.
Segundo o levantamento, o Brasil tem 1,3 milhão de mulheres empregadoras em um universo de 10,3 milhões de donas de negócios.
O estudo do Sebrae revela ainda que, quando possuem empregados, as mulheres têm empreendimentos menores, gerando menos postos de trabalho do que os homens.
Enquanto as donas de negócios lideram entre as empresas com um a cinco empregados, os homens estão à frente entre os negócios com 51 funcionários a mais.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, essa realidade é resultado principalmente da natureza dos negócios onde cada gênero atua de forma predominante.
“Os homens têm larga liderança no setor da construção (20% dos homens estão nessa atividade contra 1% das mulheres) e no agronegócio (17% dos homens contra 7% das mulheres), que são dois segmentos intensivos em mão-de-obra”, comenta Melles.
Empregadoras(es) por faixa de empregados
1 a 5 empregados
Mulheres – 74%
Homens – 71%
6 a 10 empregados
Mulheres – 14%
Homens – 14%
11 a 50 empregados
Mulheres – 10%
Homens – 11%
51 empregados ou mais
Mulheres – 2%
Homens – 4%
Fonte: Ministério da Economia / Portal Contábeis