Com a alta de 6,6% em junho ante maio, o volume de serviços prestados no País passou a operar 10,5% abaixo do ponto mais alto já registrado na Pesquisa Mensal de Serviços, alcançado em janeiro de 2014. O resultado, ainda pressionado pelos reflexos da greve de maio, indica que 2018 ainda será negativo para o setor.
Os dados fazem parte do levantamento divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) e apontam que, no mês anterior, após o recuo de 5,0% no volume em função da paralisação dos caminhoneiros, os serviços tinham chegado ao piso da série histórica, operando em maio em patamar 16,0% abaixo do pico. “Em junho, voltamos ao patamar de fevereiro de 2017”, diz o gerente na Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Rodrigo Lobo.
O índice de difusão de serviços – que mede a proporção dos 166 segmentos investigados – apresentou incremento de 36,7% em maio para 38,6% em junho. Segundo Lobo, o resultado evidencia que o avanço foi concentrado. “A recuperação nos serviços em junho ante junho de 2017 foi concentrada, a difusão ainda está abaixo de 50%. Os serviços que avançaram foram aqueles com peso importante dentro da estrutura e com variação muito significativa.”
Entre as atividades, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%) puxaram a alta, impulsionado, sobretudo, pela liberação das rodovias após a greve de maio. Os demais impactos positivos foram de serviços de informação e comunicação (1,4%) e do segmento de outros serviços (3,4%). Os recuos ocorreram nos serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,5%) e serviços prestados às famílias (-4,0%).
Fonte: Fenacom